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Esta semana fiquei pensando sobre os relacionamentos de amizade e família e me fiz as perguntas que sempre faço aos meus Coachees quando peço para eles definirem a família. A família se resume a pais e filhos? A família se estende a tios, primos e avós? A família engloba os amigos e agregados? Cônjuge faz parte da família? Se faz, por que nos momentos de crise um cônjuge costuma dizer para o outro: "Sua família isto" ou "Sua família aquilo"?

E a amizade? O que é a amizade? Tal qual ocorreu com a palavra amor, a palavra amizade tem hoje seu uso banalizado e é muito comum ouvirmos que alguém nos ama ou que é nosso amigo, sem que isto necessariamente seja verdade. De uma forma resumida, a amizade é um relacionamento baseado no conhecimento mútuo, na afeição e na lealdade. Sob este prisma, podemos dizer que o sentimento de amizade pode agregar valor e qualidade quando acompanha e se faz presente nos relacionamentos entre pais e filhos, irmãos e principalmente entre cônjuges. Lamentavelmente nem sempre é isto que ocorre e por isto, quando os relacionamentos familiares carecem de conhecimento mútuo, afeição e lealdade, costumamos ouvir as pessoas dizerem que não escolhemos a família onde nascemos, mas podemos escolher nossos amigos.

Se temos a oportunidade de escolher nosso cônjuge não seria o melhor dos mundos se no relacionamento conjugal estivessem presentes o conhecimento mútuo, a afeição e a lealdade? Refazendo a pergunta: Não seria o melhor dos mundos se o conhecimento mútuo, a afeição e a lealdade permanecessem no relacionamento conjugal tal qual se fazem presentes no seu início? Em que momento estes ingredientes se perdem? Por que muitas vezes temos certeza de que nossos amigos nos conhecem melhor do que nossos próprios cônjuges?

Se as atitudes naturalmente tomadas nos relacionamentos de amizade também fossem naturalmente tomadas no relacionamento conjugal; o cônjuge poderia ser considerado um amigo com quem fazemos amor. Eis algumas delas:

· Transparência no relacionamento;

· Empatia;

· Honestidade;

· Lealdade;

· Colocar os interesses do outro à frente do nosso próprio interesse;

· Não apontar ou elencar os defeitos do outro;

· Dividir os bons e maus momentos;

· Respeitar os direitos do outro;

· Evitar sufocar o outro com exigências;

· Sentir-se atraído pelo que o outro é e não pelo que ele tem.

Todas estas atitudes acima podem ser expressas em cinco diferentes maneiras verbais e não verbais. Estou falando da teoria proposta pelo escritor americano Gary Chapman no livro "As cinco linguagens do amor". Segundo ele as linguagens por onde o amor se expressa são:

- Qualidade de tempo,

- Gestos de serviço,

- Presentes,

- Palavras de afirmação

- Toque físico.

 

Cada um de nós desenvolve a capacidade de expressar preferencialmente o amor e a amizade por uma destas linguagens. A dificuldade de comunicação ocorre quando a linguagem de uma pessoa não é a mesma da outra. Uma pessoa que tenha a linguagem do toque físico pode considerar a pessoa que tem a linguagem de gestos de serviço fria e distante e a pessoa que usa a linguagem gestos de serviço pode considerar a que usa o toque físico carente e pegajosa, enquanto as duas estão tentando falar a mesma coisa. Isto ocorre com frequência nos relacionamentos gerando a frase recorrente: "Você nunca me entende!" É esta falha na comunicação que faz a distância entre as pessoas gerando falta de intimidade e de naturalidade nos relacionamentos.

 

Na medida em que reconhecemos a nossa linguagem e nos esforçamos em entender a linguagem do outro, diminuímos a distância e a comunicação flui de maneira mais harmoniosa.

Já pensou em aplicar isto nos seus relacionamentos?

Você, enquanto cônjuge, é um amigo que faz amor?

Gostaria de saber qual é a sua linguagem de amor? Responda a este post que eu te ajudo a descobrir.

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