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Caminhando pela feira hoje, passei por uma barraca que vendia peças antigas. Coisas como louças, castiçais, bibelôs e coisas assim. Um par de vasos me chamou a atenção; tinham aquele aspecto craquelado da cerâmica antiga, a tinta desbotada e um deles tinha a borda levemente trincada. Fiquei imaginando quantas histórias aqueles vasos presenciaram e tinham para contar. Eles me recordaram o texto abaixo e quero hoje dividir com vocês. O texto se chama Vasos quebrados, desconheço o autor, mas gosto muito da mensagem.

 

“Era uma vez um depósito de vasos quebrados. Ninguém se importava com eles. Eles mesmos não se importavam por estar quebrados, ao contrário, quanto mais quebrados ficavam, mais eram respeitados pelos outros.

 

Um dia, por engano, um vaso inteiro foi parar no meio dos vasos quebrados, mas, por ser diferente dos demais, de imediato ele foi rejeitado e hostilizado. Justo ele, que tinha uma necessidade miserável de ser aceito. Tentou se aproximar dos vasos menos danificados, aqueles que tinham apenas a boca rachada, mas, não deu certo. Depois, procurou se aproximar dos vasos que tinham apenas um pequeno furo na barriga, mas, também foi repelido. Tentou uma terceira vez, com os vasos que estavam trincados na base, mas, não adiantou.

 

Resolveu, então, arranjar umas brigas, esperando conseguir um ferimento, um risco, uma trinca ou, quem sabe, com um pouco de sorte, até um quebrado bacana, mas, naquele lugar, ninguém tinha força bastante para quebrar os outros. Se algum vaso quisesse se quebrar, tinha que fazer isso sozinho.

 

E foi isso mesmo que ele fez. E conseguiu o que queria, ser aceito no clube dos vasos quebrados. Ficou feliz, realizado, mas, não por muito tempo, pois, logo começou a se incomodar com uma outra necessidade, a de ser respeitado pelos demais vasos quebrados. Para isso, teve que ir-se quebrando. E se quebrou em tantos pedaços que voltou ao pó.

 

E deixou de ser vaso!”

 

Como Coach de Relacionamentos, pergunto:

 

Vale a pena nos maltratarmos, fugirmos da nossa essência para obter aceitação de quem não se importa conosco?

 

Será que o respeito que buscamos vem das mágoas que acumulamos ou da nossa postura assertiva diante do que a vida nos apresenta?

 

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